Cuidados orais para pessoas que vivem com incapacidades visíveis e não visíveis

Quase METADE das pessoas (47%) com deficiência não foram ensinadas sobre como cuidarem da sua saúde oral*

23% (mais de um quinto) dos europeus com deficiência se sentem desmotivados relativamente à manutenção da sua saúde oral*

Quase 2x mais pessoas com deficiência disseram que achavam os cuidados orais dolorosos em comparação com pessoas sem deficiência*

35% de pessoas com deficiência sentem ansiedade ou frustração ao visitarem um dentista*

Veja mais factos e estatísticas sobre o impacto de deficiências na saúde oral.*

*O Estudo Europeu sobre Saúde Oral em Pessoas com Deficiência no Reino Unido, França, Alemanha e Itália foi administrado por Líderes Reputacionais. Os vários estudos foram realizados entre 2021 e 2022 na Alemanha (n = 1034), França (n = 1009), Reino Unido (n = 2029) e Itália (n = 1002). Em cada país, a amostra do inquérito online foi recrutada e informada como sendo representativa da totalidade da população adulta por idade, género e região.

Cuidados orais para pessoas que vivem com incapacidades visíveis e não visíveis

Quase METADE das pessoas (47%) com deficiência não foram ensinadas sobre como cuidarem da sua saúde oral*

23% (mais de um quinto) dos europeus com deficiência se sentem desmotivados relativamente à manutenção da sua saúde oral*

Quase 2x mais pessoas com deficiência disseram que achavam os cuidados orais dolorosos em comparação com pessoas sem deficiência*

35% de pessoas com deficiência sentem ansiedade ou frustração ao visitarem um dentista*

Veja mais factos e estatísticas sobre o impacto de deficiências na saúde oral.*

*O Estudo Europeu sobre Saúde Oral em Pessoas com Deficiência no Reino Unido, França, Alemanha e Itália foi administrado por Líderes Reputacionais. Os vários estudos foram realizados entre 2021 e 2022 na Alemanha (n = 1034), França (n = 1009), Reino Unido (n = 2029) e Itália (n = 1002). Em cada país, a amostra do inquérito online foi recrutada e informada como sendo representativa da totalidade da população adulta por idade, género e região.

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A compreensão começa com conhecimentos relativamente aos diferentes tipos de deficiências/incapacidades. Para melhor orientar os nossos esforços, um dos passos iniciais é escutar as histórias únicas destas pessoas. Conheça as experiências de cuidados orais em superar as dificuldades diárias de membros da comunidade de pessoas com deficiência.

PERGUNTAS FREQUENTES DOS PACIENTES

Sim, ir a um dentista convencional perto de sua casa ou trabalho é a melhor forma de aceder a cuidados médicos orais. Os problemas de saúde oral não diferem necessariamente entre pessoas com e sem deficiência, portanto um dentista convencional deveria ser capaz de diagnosticar, prevenir ou tratar estas pessoas com igualdade. Em alguns casos, será necessária uma abordagem mais personalizada - como a implementação de uma estratégia de apoio comportamental. A iADH procura garantir que todos os dentistas recebem formação para poderem implementar ajustes necessários a fim de proporcionarem cuidados preventivos regulares a todas as pessoas, quer estas tenham ou não alguma incapacidade. O seu dentista deve garantir que sejam marcadas consultas regulares para que receba orientações contínuas e para que a sua saúde oral global seja acompanhada. Para ajudar a garantir uma experiência positiva, contacte o seu dentista para lhe dar a conhecer quaisquer ajustes que deveriam ser feitos para que se sinta mais confortável. É particularmente importante que as pessoas com deficiência visitem também um higienista dental, caso algum esteja disponível, visto que estes profissionais estão particularmente qualificados em prevenir problemas dentários e em ajudar pessoas a conseguirem a melhor higiene oral possível. É particularmente importante que as pessoas com deficiência visitem também um higienista dental, caso algum esteja disponível, visto que estes profissionais estão particularmente qualificados em prevenir problemas dentários e em ajudar pessoas a conseguirem a melhor higiene oral possível.
A sua deficiência/incapacidade pode realmente afetar a sua saúde oral. Alguns problemas de saúde afetam diretamente a saúde oral (dentes, saliva, tecidos da boca, função motora oral), enquanto outros poderão manifestar-se mais indiretamente (dificuldades em manter a higiene oral diária, compreensão da importância de uma boa saúde oral, circunstâncias dietéticas especiais, etc.). É muito importante que mantenha uma boa saúde e higiene oral caso viva com alguma deficiência visível ou não visível, visto que as consequências de uma má saúde e higiene oral poderão ser potencialmente mais graves.
A maneira mais eficaz de escovar os dentes e de manter uma boa rotina de cuidados orais está na compreensão das suas necessidades individuais. O segredo está em experimentar aquilo que funciona melhor para si. Consulte o seu dentista ou higienista dentário para descobrir qual a melhor abordagem que deve aplicar.
É importante escovar os dentes duas vezes por dia e usar fio dentário ou escovas interdentárias regularmente (pelo menos uma vez por dia). Também é importante manter uma dieta bem equilibrada. Alimentos texturizados, uma boa hidratação e uma reduzida ingestão de açúcares poderão ajudar a limitar a placa bacteriana na boca. O uso do elixir certo pode também contribuir para uma boca mais limpa, mas isto nunca deverá substituir a escovagem.
Sim, não há qualquer motivo pelo qual certos cuidados não possam ser facilitados enquanto se mantiver na sua própria cadeira, particularmente se esta for inclinável. Há alturas em que se poderá sentir mais confortável na sua cadeira de rodas, pelo que o tratamento é possível se o dentista conseguir ter acesso à sua boca. Porém, neste caso, o campo visual do dentista poderá ser reduzido e, portanto, poderá não prestar um serviço seguro, estando, assim, limitado à realização de procedimentos simples. Alguns consultórios dentários poderão dispor de equipamentos especiais para transformar a sua cadeira de rodas numa cadeira de dentista por meio de uma plataforma móvel. Outros poderão dispor de elevadores. Alternativamente, poderá ser possível a colocação da sua cadeira de rodas ao lado da cadeira de dentista, para onde se poderá arrastar usando uma tábua de deslocação. Experimente ligar ao seu dentista em antecipação da sua consulta para o ajudar a compreender as suas necessidades e quaisquer planos que poderá ter para melhorar a acessibilidade.
Em determinados países, existem equipas de serviço ao domicílio que disponibilizam uma gama limitada de cuidados dentários em casa do paciente. Isto por vezes é chamado de odontologia domiciliária. De forma a receber cuidados de melhor qualidade, assim como uma gama completa de opções de tratamento, a melhor solução seria visitar um consultório dentário. Porém, e se tal for necessário, poderá ser possível que uma equipa móvel com equipamento portátil consiga oferecer tratamentos e medidas preventivas para pessoas com dificuldades em sair das suas próprias casas.
A anestesia geral é uma opção que pode ser usada para a realização de tratamentos dentários para pessoas incapazes de, de outra forma, tolerar cuidados ou que necessitem de um nível elevado de apoio para a realização de tratamentos complexos ou prolongados. No entanto, há um grande número de outras soluções que devem ser consideradas antes de optar pela anestesia geral, visto que isto acarreta riscos inerentes, assim como atrasos, devido à colocação do paciente em lista de espera. Existe uma combinação de apoios disponíveis para endereçar as necessidades de pessoas com problemas de deslocação ou ansiedade, o que inclui a sedação, terapia musical ou apoio psicológico. O método escolhido depende do tipo de tratamento dentário necessário, problemas de saúde subjacentes, a urgência do tratamento e a vontade/capacidade de o paciente concordar com/lidar com o tratamento dentário necessário.
Isto dependerá da complexidade do tratamento dentário e diagnóstico médico, e se necessitará de equipamentos ou ambiente especiais para que sejam endereçadas as suas necessidades. Apesar disto, todo o paciente deveria ter uma "residência dentária" habitual que visitam pelo menos uma ou duas vezes por ano para o exame e manutenção dos seus dentes e boca. Pode necessitar que alguns, mas não necessariamente todos, estes serviços sejam prestados por um especialista - para o qual o seu dentista o poderá encaminhar se este for o caso.

PERGUNTAS FREQUENTES DE PAIS/ PRESTADORES DE CUIDADOS

O melhor que pode fazer é dar um bom exemplo ao cuidar da sua própria saúde oral. Promova a escovagem dos dentes duas vezes por dia usando um dentífrico contendo flúor estanoso, mantenha uma dieta saudável e equilibrada com redução de "recompensas pouco saudáveis", como doces ou refrigerantes, e visite regularmente uma equipa dentária para cuidados de prevenção da sua saúde oral. Pode pedir ao dentista da criança/pessoa de quem cuida ou ao seu próprio higienista dentário para experimentar diferentes dispositivos de limpeza para ver o que funciona melhor - e para lhe dar instruções e orientações práticas e claras para explicar a estas pessoas como melhor limpar os seus dentes. Por exemplo, uma série de fotos personalizadas para colocar num espelho da casa de banho poderia ajudá-los a seguir a mesma rotina diária.
Na maioria dos países, uma criança deveria ver um dentista antes do seu primeiro aniversário. As cáries de infância são um problema comum em todo mundo, com casos verificados em crianças até mesmo com apenas 18 meses de idade. Por este motivo, é particularmente importante que crianças com deficiência e em risco de doença oral sejam identificadas e protegidas. Os pais podem também ser educados sobre como cuidar dos dentes dos seus filhos, assim como endereçar desafios particulares relacionados com quaisquer incapacidades.
É frequentemente comunicado que as escovas de dentes elétricas são mais fáceis de usar para escovar os dentes de outra pessoa. A sua cabeça redonda também permite remover mais placa bacteriana do que uma escova de dentes normal. As novas escovas de dentes elétricas também incluem funcionalidades de apoio, como indicadores de pressão excessiva, temporizadores, etc. É possível modificar a pega destas escovas para ajudar pessoas com destreza manual limitada ou para quem tem problemas de aperto nas mãos.
Poderão haver muitas razões para isto. A melhor estratégia seria efetuar a escovagem numa altura em que a pessoa se sentisse confortável e relaxada. Por exemplo, pode experimentar usar uma máquina de bolhinhas com uma criança, que deslocará a cabeça para trás para as ver ou que abrirá a boca para se rir. Pode também experimentar usar um pequeno suporte especialmente projetado, ou então uma proteção para dedos, para deslizar entre os dentes durante pouco tempo - o que permitiria aceder à parte interior dos dentes. É realmente importante estabelecer uma rotina de escovagem para que a criança mantenha uma boa dentição para toda a sua vida. Deve pedir uma avaliação ao dentista da criança - a equipa dentária poderia então mostrar-lhe a melhor forma de efetuar a sua higiene oral diária e recomendar quaisquer apoios adequados.
Isto poderá ser um grande desafio, pelo que será importante recorrer a uma dessensibilização gradual. Deve pedir orientação ao seu terapeuta da linguagem e da fala relativamente a exercícios e programas que incluam massagens dos músculos faciais e terapia oromotora. Pode também pedir ao seu dentista instruções práticas e diretas, assim como alguma formação nesta área.
O sangramento das gengivas é um sinal de inflamação devido a placa bacteriana remanescente. Os dentes e as gengivas precisam de ser limpos corretamente todos os dias para que a situação volte à normalidade. Isto NÃO tem a ver com demasiada pressão de escovagem nem com a medicação que a pessoa esteja a tomar, portanto não deixe que isto lhe impeça de efetuar os cuidados orais necessários. A placa bacteriana é difícil de ver a olho nu. É possível, no entanto, usar produtos de coloração para a visualizar e assim garantir que foi totalmente removida. É também extremamente importante usar fio dentário ou escovas interdentárias para remover a placa que se esconde entre os dentes - e que é responsável por inflamação e sangramento. Peça à sua equipa dentária para lhe dar dicas, instruções e conselhos específicos.
Primeiramente, deve usar sempre um dentífrico contendo flúor estanoso para prevenção de cáries dentárias. Existem dentífricos suaves e sem sabor disponíveis no mercado. Peça recomendações ao seu dentista ou farmácia local e veja o que traz melhores resultados. Se a pessoa ou a criança tiver dificuldades em engolir, poderão experimentar formulações não-espumantes de dentífricos.
Sim, absolutamente, e por várias razões: permanecem bactérias na boca que poderão causar inflamação das gengivas e halitose. É muito importante escovar-lhe os dentes usando uma escova para remover qualquer placa bacteriana e para garantir conforto e frescura diários, assim como proporcionar estimulação intraoral para que a boca não se torne demasiadamente sensível. Uma escovagem completa também previne a acumulação de tártaro e evita a pneumonia aspirativa.
Não substitui a escovagem, mas um elixir certamente melhora a higiene oral em pacientes com elevado risco de cáries. Se o paciente não conseguir cuspir, pode tentar saturar um pouco gaze em elixir e aplicar isto diretamente sobre os dentes e gengivas, pelo que deve deixar a menor quantidade possível disto na boca para evitar que o paciente engula este produto.
A autonomia é muito importante. Recomendamos que lhe permita fazer isto, mas depois faça uma "supervisão" final para garantir a qualidade do procedimento de higiene oral. Este apoio ou supervisão pode também ser feito usando uma técnica de mão sobre mão para guiar o indivíduo.
A presença de saliva ajuda a lubrificar os dentes e a mucosa oral, proporcionando também minerais e células imunitárias para proteger os dentes de cáries. A perda de saliva devido a um controlo reduzido dos músculos orais e da deglutição tem mais um impacto social em vez de uma implicação na saúde oral; porém, isto pode causar irritação nos cantos da boca. Existem opções para limitar a hipersialose, incluindo terapia orofacial, medicamentos como toxina botulínica ou até cirurgia; no entanto, qualquer procedimento que seque a saliva coloca os dentes em grande risco de cáries - portanto isto apenas deve ser feito em conjunto com um regime preventivo alargado.
Visite o seu profissional dentário para aconselhamento mais personalizado. O seu dentista procurará a origem deste mau hálito. Isto poderá dever-se a alguma cárie, problemas peridentais, problemas gastrointestinais, respiração através da boca, infeções respiratórias, etc.
A importância da estética fica sempre a cargo do paciente; porém, dentes demasiado juntos são mais difíceis de limpar. Certas funções orais, como falar e comer, podem também ser afetadas. Dentes demasiado vestibularizados também estão em risco de trauma. Pessoas com deficiência não devem ver os seus cuidados ortodônticos negados por razões associadas às suas incapacidades. Apesar disto, devem ser assegurados excelentes cuidados orais; caso contrário, isto poderá resultar em danos nos dentes caso alimentos e placa bacteriana fiquem presos nos aparelhos dentários. Fale com o seu dentista sobre se um tratamento ortodôntico deve ou não ser implementado.